sábado, 11 de julho de 2009

O tempo e o dinheiro

Sabemos que existe na matemática, uma ciência exata, certa teoria componente na adição e na multiplicação, dizendo que a ordem dos fatores não altera o produto, mas, na vida e no relacionamento entre os seres humanos não podemos usar da mesma regra quando os fatores são “tempo” e “dinheiro”.

Diz-se no jargão econômico – que tempo é dinheiro – e por isso perder tempo é perder dinheiro, e assim transformaram esses dois fatores em uma mesma dimensão, e sendo assim existem alguns elementos, tanto em família como também na sociedade, que por não terem o “tempo” disponivel com seus filhos ou entes queridos, ou também com aqueles que necessitam de alguém para escuta-los ou conduzi-los na luz da solidariedade, fazem a opção de doar “dinheiro”, pois assim agindo, estão usufruindo a regra, tempo é dinheiro, e se estão doando “dinheiro”, eles estão desobrigados de oferecer o “tempo”, mas aqui é que a porca torce o rabo, como diz o ditado popular, pois o resultado dessa inversão é completamente diferente do esperado, e posso explica-lo da seguinte maneira.

O dinheiro que se oferece em troca do tempo é finito, passageiro e frio, e as vezes o que se compra com ele, não é necessariamente o que a pessoa esta precisando, pois muitas vezes, se adquire qualquer coisa, simplesmente pelo prazer de comprar ou de se gastar, talvez até pelo motivo de revolta ou rebeldia contra aquele que nunca está presente.

Agora por outro lado, quando a doação se faz de corpo presente, o tempo que se oferece ao outro é fecundo, pois cria laços de amor e de conhecimento, é uma germinação da semente da esperança e desperta no próprio intimo da pessoa que recebe, uma expectativa de vida diferente, e assim se concretiza uma reciprocidade, uma fortaleza em resistir as tentações mundanas, um respeito em relação aquela pessoa que lhe dedicou parte de seu tempo, pois ali existe o elo que une duas pessoas, o elo da amizade, e assim as pessoas serão consideradas muito mais importantes do que bens materiais ou qualquer importância em dinheiro, por maior que seja.

Portanto, a partir de hoje, dedique Tempo para seu filho(a), dedique Tempo para seu esposo(a), dedique Tempo para sei irmão(ã) na sua comunidade, escute-os com interesse, acompanhe-os nos momentos difíceis, compartilhe horas ou anos de vida, e assim você estará conservando um dos maiores tesouros da humanidade – a família, a sua e também da sociedade em geral.

“onde houver erro, que eu leve a verdade;

onde houver desespero, que eu leve a esperança;

onde houver tristeza, que eu leve a alegria;

(trecho da oração de São Francisco)

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